quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Almas Gêmeas


Esta é a definição de almas gêmeas segundo a doutrina espirita do vale do amanhecer, a qual eu faço parte...


Na apresentação da história de um velho Jaguar e Rosa Maria, contada por Tia Neiva em uma aula dominical, no dia 31.1.82, o Mestre Tumuchy explicou: “Não sabemos como ou quando os espíritos foram criados. A idéia mais aproximada que temos é que os espíritos são partículas divinas, partes de Deus individualizadas, isto é, com características próprias e livre arbítrio relativo à trajetória terrena. Sabemos, também, que, na caminhada planetária, os espíritos seguem uma Lei Universal que os caracteriza como homens ou como mulheres. Mas não sabemos como isso começou. Supõe-se que, em eras remotas, neste planeta não existia senão um só tipo de ser humano, que reuniria em si as características de ambos os sexos - os andróginos. Mais tarde, segundo as mitologias grega (a humanização dos deuses do Olimpo) e hebraica (Adão, que era UM, adormece e Deus tira uma parte dele - uma costela - e cria  Eva), teria ocorrido a separação em duas partes complementares, em obediência à Lei da Terra, onde tudo é duplo, bipolar, positivo e negativo, branco e preto, e teríamos, assim, um espírito dividido em dois, formando os espíritos de um homem e de uma mulher, cada um deles com seu livre arbítrio, às vezes seguindo caminhos diferentes, mas guardando a afinidade, a ligação de suas origens. Ambos percorreriam, através dos milênios, a descida involutiva e a subida evolutiva. Nem sempre estariam juntos ou se encontrariam, ligando-se, muitas vezes, através das várias encarnações, a outros espíritos. Formariam carmas, amariam a outros e, nos encontros eventuais, poderiam estar em posições evolutivas diferentes. Esse homem e essa mulher, originários de um mesmo espírito, é o que denominamos ALMAS GÊMEAS.  Através de suas faixas cármicas, na longa jornada evolutiva, em qualquer situação em que não estiverem juntos, haverá sempre uma imensa saudade, que se reflete em cada um dos dois,  tornando suas existências incompletas. Podem amar, ter tudo no plano material, mas fica uma sensação de insatisfação, de não estar completa a felicidade, que só se realiza quando as duas almas gêmeas se reencontram. E esse reencontro também só se realiza quando ambas estão livres de seus compromissos cármicos.(...) Não temos como penetrar a Mente Divina e perscrutar os misteriosos desígnios do Criador, mas o mecanismo das almas gêmeas é poderoso incentivo ao retorno às origens, ao seio do que é completo, a garantia de que um dia os espíritos voltarão à Divindade. E é muito linda a jornada das almas gêmeas. Como progridem em missões separadas, na maioria dos casos, uma se dedica ao auxílio da outra. Vivem no amor completo e incondicional. Quantas chegam ao último degrau de sua evolução na Terra, mas, como sua outra metade ainda está a caminho, pedem a graça de poder voltar e ajudar sua alma gêmea. E é um grande sacrifício este, pois este planeta é excessivamente pesado em suas faixas vibratórias, e um espírito sofre muito em uma reencarnação dessas. Mas parte feliz, com esperança, com dedicação, porque é uma missão de amor.”
Acontece, às vezes, o encontro numa mesma reencarnação, em posições difíceis, pois estão ligadas a outros espíritos, com outros sérios compromissos. É uma descoberta avassaladora, uma explosão de sentimentos que, contudo, tem que ser muito bem avaliada.
O amor, o puro sentimento que os atrai, é tão elevado que conseguem superar a atração entre si para não falharem na missão que pediram a Deus. Esperam, aguardam a ocasião propícia, com tolerância e equilíbrio, em que possam se unir. Sabem que não poderiam construir sua felicidade sobre a infelicidade dos outros. Possuem a consciência da grandeza de sua união em Deus!
Muito cuidado se deve tomar com comunicações que, em meio a crises conjugais, dizem ser este ou aquela sua alma gêmea. Vibrações, interferências e mistificações conseguem destruir casais, cortando suas jornadas, aumentado seus carmas, com base em falsos encontros de almas gêmeas.
Temos grandes exemplos do encontro e missão das almas gêmeas: Francisco de Assis (*) e Clara, Tiãozinho (*) e Justininha.

·     “Nisso, apareceram lindas figuras: alguns casais, em diversas sintonias. Lindos! É difícil relatar tudo o que faziam... Um som clássico encheu de alegria toda aquela paisagem. Alguns dançavam, outros corriam para serem alcançados por seu pares. Deduzi: as almas gêmeas, de André Luiz! Salve Deus! - pensava já sem as explicações daquela voz. Contudo, não conseguia sair dali, remoendo em minha cabeça: a minha categoria é ainda do passado, presente e futuro, enquanto a desses é a Eternidade! Será um sonho tudo o que estou vendo? “Não é um sonho - disse novamente a voz - Este é o mundo de NAIANDES. Daqui podemos sentir o aroma da Terra!...”. Súbito, uma linda jovem que dançava caiu, como que desmaiada. Meu Deus! - exclamei - Desmaiou! “Esta moça tem sua alma gêmea segura em outra dimensão, onde ainda passa reparações. Temos sete dimensões até chegarmos ao Canal Vermelho, que é o primeiro degrau celestial.”  A música parou e todos correram para socorrer a moça. Percebi fios dourados surgindo no horizonte. A voz me explicou: “O felizardo, do outro lado, se libertou, e irá para outra dimensão, dando sempre continuidade à evolução... Não, Neiva, a vida aqui não para... Aqui o mundo vive a sua própria evolução!”  (Tia Neiva, UESB, 1960)
·      “Todos nós temos um amor, um grande amor na nossa vida, que diz ser nossa alma gêmea. Na realidade, estão separados, reajustando o que desajustaram por amor e, pela bênção de Deus, se encontram e se fortalecem. Triste é quando uma está presa no Umbral e a outra na Terra. Não têm o direito de se encontrarem. A angústia e a saudade lhes devoram a alma!...” (Tia Neiva - Carta Aberta n. 3 - 25.9.77)

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